segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vamos Refletir!!

  OLHE PARA DENTRO DESSE ESPELHO TODOS OS DIAS.

Espelho- Objeto de superficie refletora .quase indispensavel nos dias atuais, onde o que conta é a aparencia exterior. Na Idade Média o tempo de Francisco e Clara , o termo "espelho" era usado para se referir ao modelo,normas de conduta,manual de vida. Santa Clara  baseando-se nisso criou um dos simbolos mais belo de sua espiritualidade . O termo "espelho" ocorre doze vezes nos escritos de Santa Clara: Nas cartas a Inês de Praga e nos testamentos escritos em 1238 e 1253 .Percebe-se que o termo não é algo de uma fase de sua vida mas um aspecto fundamental em sua espiritualidade . O uso mais frequente e significativo se refere a Jesus Cristo . O "espelho" é a oração,diz Clara:" Ponha a mente no espelho da eternidade ,coloque a alma no esplendor da glória.Ponha o coração na figura da substancia divina e transforme-se inteira,pela contemplaçãona imagem da divindade" (3Ct In 12-23) Usando todo nosso coração, mente ,alma para nos unir a Deus e sairmos transformados "espelhados" no reflexo divino para que aqueles que nos olharem vejam o próprio Cristo não só internamente ,mas no profundo de nosso ser, luz divina que brilha e se manifesta ao mundo através de nossas ações.
      E nós, em que estamos nos "espelhando" como cristãos ,que diz amar a Deus?

                                                                               PAZ E BEM!!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

Publico mensagem de Dom Canísio Klaus para o mes vocacional

Mês das Vocações

   Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul - RS

O mês de agosto, para a Igreja no Brasil, é dedicado à reflexão e oração pelas vocações. É o mês em que as comunidades são chamadas a refletirem sobre a forma de como estão cultivando as vocações, ao mesmo tempo em que elevam suas preces ao Deus providente para que “continue a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e comunidades” repetindo o convite do seguimento a muitas crianças, jovens e adultos. O mês em que as comunidades rezam pedindo coragem às pessoas convidadas e força aos que abraçaram uma vocação específica “para que sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade” (João Paulo II).
A vocação é um dom de Deus que implica numa resposta da pessoa chamada. É uma graça que Deus dá às pessoas para ajudá-lo a concretizar o seu projeto de amor através da vida sacerdotal, religiosa, familiar e leiga.
Deus chama e dá o carisma. Se está diminuindo o número de famílias que dão testemunho de fidelidade a Jesus Cristo, e se são poucos os padres e religiosos e existe carência de pessoas para trabalharem na catequese, no serviço da caridade e na animação das comunidades, não é porque Deus deixou de chamar. A deficiência se deve ao fato de muitos dos chamados não se disporem ao seguimento, ou não encontrarem terreno propício para o cultivo da sua vocação.
Em razão de no dia 04 de agosto celebrarmos São João Maria Vianey, o Cura d’Ars, que é padroeiro dos padres diocesanos, o primeiro domingo do mês é dedicado à vocação sacerdotal. Para os padres e bispos da Diocese, a comemoração começou com dois dias de curso sobre a “identidade e espiritualidade do padre” e um dia de confraternização marcado pela missa de ação de graças, almoço e tarde de convivência no dia 04 de agosto. No final de semana os padres celebram com suas comunidades, unindo-se ao povo no pedido por mais vocações à vida sacerdotal e por fidelidade aos que foram chamados.
Nos domingos seguintes, celebraremos a vocação dos pais e a Semana Nacional da Família (14 de agosto); a vocação dos religiosos e das religiosas no dia 21 de agosto e a vocação dos cristãos leigos, com destaque para as catequistas, no dia 28 de agosto.
Convidamos a todos os batizados a se empenharem em viver e testemunhar, na alegria, a sua vocação a serviço do Reino de Deus. Que todos se unam às suas comunidades para orar por vocações ao longo dos quatro domingos do mês de agosto, atendendo ao mandato de Cristo: “Pedi ao Senhor da Messe que mande operários para a sua Vinha” (Lc 10,2).

ENTREVISTA DE NOSSA IRMÃ NO SEARA HELENA PALUDO A REVISTA ROGATE

NTREVISTA
ENTREVISTA
Consagradas e consagrados
mergulhados na realidade do povo
Na vivência dos conselhos evangélicos, testemunhando a
intimidade com Deus e uma fé profunda, a vida consagrada
secular está silenciosamente inserida no cotidiano da
sociedade civil como o fermento na massa
 P
Zanettin Paludo, em uma família de 13 irmãos,Helena lembra que desde muito cedo queria seguir uma vocação que pudesse“ajudar as pessoas”. Aos 12 anoschegou a fazer uma experiência na congregação
das Filhas da Caridade, mas sentiu que “não respondia aos anseios”. Cinco anos depois, um de seus irmãos, que era seminarista capuchinho, disse-lhe que havia um movimento de pessoas que viviam a vida consagrada sem deixar sua vida cotidiana.Helena se interessou por esta propostae relembra: “quanto mais me aprofundava no conhecimento da vocação, maioera a certeza de ter acertado em minha opção”. Em maio de 1976 fez seus primei
viver”. Nestes mais de 30anos de vida consagrada,Helena já foi Moderadora Geral do Instituto Franciscano Seara e se tornou a primeira representante do Brasil no Comitê Executivo da ConferênciaMundial dos Institutos Seculares. No momento, além da presidência da CNIS e de se dedicar à família, ela tem se preparado para atuar na área de discernimento vocacional, para tanto fez especialização em Relação de Ajuda e Aconselhamento,e cursa Logoterapia e a Escola Vocacional do serviço de animação vocacional do Regional Sul 3 (Rio Grande do Sul).
residente da Conferência Nacional dos Institutos Seculares(CNIS), Helena Paludo nasceu em São Brás, município de São Domingos(SC), mas reside em Curitiba (PR), onde recentemente se aposentou como assistente social do Serviço Público do estado do Paraná. Quinta filha de Biágio Paludo e Remitaros votos no Instituto Franciscano Seara e confessa:hoje sou feliz e posso transbordar para outras pessoas a alegria e o entusiasmo de alguém que temum sentido profundo de
Rogate:
O que a levou a ingressar no Instituto Franciscano Seara?
Helena:
Nunca me imaginei em um convento ou colégio. Pensava em uma vida dedicada às pessoas, sem sair do local onde eu estava e sem me desvincular dos meus pais, irmãos, vizinhos. Mas eu não sabia que havia uma vida consagrada aprovada pela Igreja que se apresentava assim. Aliás,eu nasci sete anos depois da aprovação da vida consagrada secular pelo papa PioXII. Ao conhecer o Instituto Franciscano Seara fiquei imediatamente apaixonada por ele, talvez também porque ajudei a construí-lo. Na época era ainda um movimento,que mais tarde se reconheceu como um  instituto secular. Deus me deu o Instituto Franciscano Seara, e me deu ao Instituto Franciscano Seara.
Rogate:
Qual a inspiração da vida consagrada secular?
Helena:
dos conselhos evangélicos de castidade,pobreza e obediência, com seus desdobramentos na vida pessoal e fraterna.O compromisso de castidade implica a opção exclusiva por Jesus como único amor
e, em decorrência, a renúncia ao matrimôni terreno. O compromisso de pobreza é opção de quem tem em Deus a sua única riqueza e implica o viver do próprio trabalho e usar dos bens de acordo com as leis
do evangelho, partilhando, portanto, e não acumulando para si. O voto de obediência tem sua raiz na vida de Jesus que fez em tudo a vontade do Pai, e implica em seguiras exigências que estão descritas nas constituições de cada instituto.

Nós, dos institutos seculares,queremos vida totalmente consagrada, masplenamente mergulhados na realidade do nosso povo, sendo um pequeno mas eficaz fermento evangélico. Por isso, nosso estarno mundo está estreitamente ligado aos valores seculares: a família, o trabalho, a cidadania, a arte, a cultura, as lutas e alegrias do povo. Toda a formação dos membros acontece no seio da sociedade civil,com acompanhamento de formadores e formadoras dos respectivos institutos.Nosso agir apostólico não exige que nos desloquemos de nossa comunidade, embora às vezes o compromisso missionário nos chame para além de nossas cidades e temos autonomia para fazermos por iniciativa pessoal, comunicando ao instituto nosso endereço e nossa proposta de trabalho. A consagração secular implica a vivência
Rogate:
Há dados estatísticos que apresentem um panorama da vida consagrada secular em todo mundo?
Helena:
também a grande maioria dos institutos mais antigos. O Anuário Católico da Igreja registra 44 institutos, enquanto a Conferência Mundial dos Institutos Seculares,segundo dados de 2005, registra 215 institutos
e 32.653 membros, com um decréscimo,comparado a 1995, onde eram 35.322 membros. O mesmo levantamento registra 5.689 membros na América Latina.Considerando que temos dois terços dos
institutos da América Latina, estimamos que no Brasil tenhamos cerca de 3.800 pessoas consagradas.
A questão estatística é uma das nossas dificuldades. Não podemos afirmar o número real de consagrados seculares no Brasil. Sabemos que a grande maioria de membros está na Europa, como
Rogate:
Este ano a senhora conclui seu primeiro mandato à frente da Conferência Nacional dos Institutos Seculares (2005-2009). Que balanço faz da sua gestão?
Helena:
Amália Aroso. Cada uma com seu empen
pelo momento histórico, percebemos que havia necessidade de um trabalho incisivo de ampliar conhecimento dos institutos seculares dentro da própria Igreja. Em vista deste objetivo, procuramos diferentes formas de divulgação: por meio da palavra, de documentos,aplicação de linguagem adequada,
divulgação de documentos da Igreja e até mesmo provocações que viessem a contribuir com a reflexão. Um dos âmbitos em que não medimos esforços foi para que o mês vocacional deixassede ser reducionista, contemplando todas as vocações presentes na Igreja. Especialmente emrelação à vida consagrada, celebrava-se o “Dia dos Religiosos”,sem nenhuma menção a outrasformas de vida consagrada presentes
no direito e na doutrina da Igreja. A vida consagrada secular era entendida por muitos como pertencenteà celebração da vocação dos leigos. A partir do ano passado começou-se a celebrar esta data como o “Dia da Vida Consagrada”, além de vermos desfilar ao longo dos domingos do mês de agosto toda a riqueza
de vocações e carismas da Igreja. Consideramos que isto seja um avanço importante.Outro aspecto significativo foi o início do site da CNIS (http://www.cnisbr.com),que/ ainda está em construção, sendo instrumento que ajuda a desvelar o rosto dos institutos seculares.
Entramos na caminhada que vinha sendo feita pelas pessoas que nos precederam. Para citar alguns nomes, as três últimas presidentes da CNIS foram: Inês Broshuis, Elza Gonçalves e Mariaho contribuiu para o avanço possível em cada tempo. Movidas
Rogate:
melhor esta tese?
Em um de seus artigos, “O sinal da vida consagrada secular”, a senhora alega que a proposta dos institutos seculares encaixa-se no período de vida de Jesus dos 12 até os 30 anos. Poderia nos explicar
Helena:
período de sua vida o Filho de Deus desaparece no anonimato, ocupando-se de tarefas comuns aos homens daquele tempo,como filho de um casal comum em um vilarejo. Neste tempo Jesus não aparecia como o Filho de Deus, mas toda a sua vida, bem como de sua mãe, era totalmente consagrada
ao seu Pai. Os consagrados seculares  querem viver como ele viveu. Nor
comuns de tal bairro, como filhos de tal família, como profissionais de tal área,como cidadãos que pagam seus impostos,participam da vida social e política de sua e lutas que todo o povo se envolve. Queremos
viver nossa consagração total e radical,sem privilégios nem distinções, apenas pela vida consagrada simples e pura, sem adereços e roupagens, sem títulos e sem proteções externas. Esse modo de vida, do
ponto de vista apostólico, é fermento silencioso,que desaparece enquanto a massa cresce, e isto é muito lindo! Mas representa uma forma de vida consagrada que exige pessoas que levem a sério o empenho de
uma vida espiritual e litúrgica, pagando pessoalmente o preço de sua opção e criando espaços de cultivo interior, na rotina – ou na falta de rotina – da vida civil.
Queremos falar da vida oculta de Jesus. Dos seus primeiros 30 anos sabemos de seu nascimento, apresentação no templo, fuga para o Egito e aos 12 anos ensinando no templo. No restante destemalmente, na vida civil, social e profissional, não se apresentam como pessoas consagradas, mas são conhecidas como moradoras
Rogate:
sociedade?
Em outro artigo, “Viver e atualizar o mistério da vida oculta de Jesus”, a senhora explica que a ‘discrição/segredo’compõe o estilo de vida de um membro de instituto secular. Isso é compreendido pela
Helena:
notados, e aí estabelecer relações coerente com o evangelho, sem parecer
do Instituto Franciscano Seara, gostava de dizer que somos como guerrilheiros,disfarçados no meio do exército convencional,que se infiltram e se apossam de seus segredos, para poder combater por
sua causa. A segunda parte da pergunta é a mais interessante. A sociedade nos compreende! E há pessoas que ficam admiradas e edificadas ao saberem que a Igreja tem esta forma de vida consagrada, em que
as pessoas vivem sua consagração nas condições ordinárias do mundo. A proposta de anúncio do reino, na vida consagrada secular, não é de anúncio explícito, mas pelo testemunho de vida. Aliás, muito difícil!Existem locais em que não se pode falar de Deus. Nestes lugares sempre se pode levar a presença de Deus no testemunho de uma vida que jorra da intimidade divina e que se robustece exatamente no empenho
para que as pessoas sejam tocadas pela presença de Deus na sutileza de pequenos gestos e atitudes que demonstrem que a fé vale a pena.
Esta pergunta é muito provocativa! É também muito importante! Quantomais discreto e sutil for nosso modo de viver, mais poderemos penetrar no interior das estruturas do mundo sem sermospiegas e beatas, minando silenciosamente as artimanhas do inimigo. Uma hora as pessoas saberão, mas aí já teremos feito algum progresso para o reino, mesmo que seja pequeno.Frei Eurico de Melo, OFMcap, fundador
Rogate:
quais são as reações mais comuns?
Quando um companheiro de trabalho, ou vizinho, ou ainda alguém que começa a nutrir um especial afeto pelo consagrado ou consagrada, descobre que a outra pessoa é consagrada secular... Em geral
Helena:
que apostava que em seis meses eu seria sua namorada. Há poucos dias encontrei-o na rua e ele me reconheceu de imediato,embora eu não o tenha reconhecido.Passaram-se no mínimo 25 anos e eu lhe
disse que definitivamente ele perdeu a aposta. Fatos como este colocam em cheque a solidez da formação e a convicção
maduro a fortalece, mas quem não teve em Deus sua verdadeira motivação, logo se fragiliza e, muitas vezes, sucumbe.É um dos grandes desafios da secularidade consagrada!
Isto acontece mesmo! As primeiras coisas que normalmente se ouvem são: “Que desperdício!”. “Você optou por esta vida porque não encontrou casamento?”.Já fui desafiada por um colega de equipe,pessoa pela escolha feita. A fidelidade provada numa pessoa que fez um discernimento
Rogate:
Quanto à diocese e à comunidade na qual a pessoa consagrada secularestá inserida, qual deve ser a relação e que trabalhos poderiam ser executados?
Helena:
institutos têm campos prioritários de atuação social e/ou pastoral, mas em princípio todos os trabalhos podem ser assumidos na obra da evangelização, de acordo com as possibilidades
de cada pessoa. Embora alguns institutos não revelem a identidade de consagrado ou consagrada secular, mesmo em ambientes eclesiais,cremos que este é o lugar onde podemos viver a alegria de nossa vocação revelada e partilhada.
A atitude de um membro de instituto secular na Igreja sempre deve ser de comunhão.A relação é como dequalquer fiel, com a diferença de que seu compromisso deve ser maior na fidelidade e ajuda,sempre que a Igreja precisar e na medida das habilidade e dons de cada pessoa.Quanto aos trabalhos, alguns
Rogate:
Como desenvolver a animação vocacional frente à necessária ‘discrição’ do estilo de vida da consagração secular?
Helena:
vocações. Acreditamos que este é um espaço privilegiado onde a vocação deve ser divulgada abertamente.
A animação vocacional deve acontecer no contexto de toda a Igreja. Os membros e responsáveis dos institutos seculares devem inserir-se nas equipes de animação vocacional como todas as outras
Rogate:
Por que a animação vocacional tem dificuldade de “animar” esta vocação específica?
Helena:
A CNIS tem trabalhado para atingir estes objetivos em âmbito geral, mas cada instituto deve fazer a sua
parte em âmbito local. Não é de agora que a CNIS trabalha para colocar materiais de divulgação na mão dos institutos e dos serviços de animação vocacional, e continuamos esta tarefa, que deve ser permanente.
Em primeiro lugar há desconhecimento desta vocação e ela é confundida com consagração leiga, com vida religiosa, porque não se conhece sua identidade própria. Em segundo lugar, os institutos seculares devem assumir a iniciativa na divulgação e valorização de sua própria vocação, inserindo-se nas equipes diocesanas e paroquiais.
Rogate:
Por que ainda em muitas orações,ou artigos, a Igreja se refere aos religiosos e religiosas, e não à vida consagrada de forma mais ampla?
Helena:
O crescimento dos institutos seculares não acontece de forma espontânea.O que se consegue de estímulo é com grande empenho. Trabalhamos para abrir brechas também nos espaços eclesiais,
Esse modo de vida,do ponto devista apostólico,
é fermento
silencioso, que
desaparece
enquanto a
massa cresce...
como costumamos fazer no mundo do trabalho, para introduzir novas relações que se coadunem com o evangelho. Por enquanto somos especialistas em abrir brechas e aproveitar brechas. Em muitas orações e nos escritos da Igreja somos ignorados, como se não tivéssemos cidadania. Este fato está vinculado à tradição de rezar pelas “vocações sacerdotais e religiosas”, que perdurou durante séculos. Passados 60 anos da Constituição Apostólica
na linguagem da Igreja e do povo de Deus.
Provida Mater Ecclesia, que reconheceu os institutos seculares, ainda perdurava a mesma condição aqui no Brasil. Com nossa insistência e perseverança,nos últimos dois anos, se começoua celebrar o domingo da“vida consagrada”, de forma mais abrangente. Mudar no papel é um bom começo, mas é só o começo. Demorará ainda um tempo para que esta visão se incorpore na tradição e
Rogate:
do serviço de animação vocacional...
É um dos desafios
Helena:
ainda se sente no ar um clima de concorrência!
Os institutos seculares não estão
aqui para concorrer com as formas de
vida consagrada anteriormente consolidadas.
Somos um dom do Espírito à sua Igreja
e não podemos deixar este dom congelado,
urgidos por um apelo que vem daquele
que nos chama. Na Igreja há espaço para
todas as vocações e para todos os dons, e,
em contrapartida, todos os fiéis têm direito
de conhecer os projetos de vida que o
Senhor, pela Igreja, coloca à sua disposição.
A riqueza da Igreja se revela nos inumeráveis
dons e carismas, e ninguém tem
o direito de guardar só para si o que Deus
reservou para muitos, como ninguém pode
prender o Espírito.
Em certas ocasiões
Rogate:
divulgação do Dia da Vida Consagrada (02
de fevereiro)?
Ao que se deve a falta de mais
Helena:
nós, pois é a data que marca o
reconhecimento dos institutos
seculares pelo papa Pio
XII. Porém, a dificuldade de
divulgar a vida consagrada não
pode ser vista de maneira
simplista. Na Igreja existe
uma grande preocupação com
a “manutenção”, para a qual
têm prioridade as vocações
aos ministérios ordenados.
Não creio que se deva desviar
o foco destas vocações, mas
junto com estas se faz necessário
o cultivo de toda a riqueza
vocacional da Igreja, pois o
corpo da Igreja se compõe de
diversos membros, para os diversos
serviços e ministérios,
nos quais ela encontra sua inteireza.
A pessoa consagrada
deve fazer tudo o que puder para colaborar
com a missão da Igreja, e isto é parte
essencial. Na missão do
ser sempre os primeiros a perceber onde
somos necessários, e não podemos nos
acomodar enquanto tantos arriscam a vida
pelo evangelho. Temos que estar bem despertos,
na linha de frente! Mas para que
existam mais pessoas que se encantem e
doem a vida nesta vocação, que é serviço
ao povo de Deus e sinal de sua primazia na
vida das pessoas, precisamos trabalhar pela
Este dia é muito especial paraserviço, temos que
A riqueza da
Igreja se revela
nos inumeráveis
dons e
carismas, e
ninguém tem
o direito de
guardar só
para si o que
Deus reservou
para muitos,
como ninguém
pode prender
o Espírito
como dom do Senhor à sua Igreja, como
instrumento de santificação e modelo de
seguimento de Jesus. A vida consagrada,
assim como as vocações ao sacerdócio e
ao laicato cristão, necessita ser estimulada,
cultivada, reconhecida e valorizada a
partir de sua essência. A sociedade, com
algumas exceções, reconhece o valor dos
trabalhos das pessoas consagradas, especialmente
em escolas, hospitais, obras sociais,
mas ainda enxerga como opção para
os filhos das
seus próprios filhos e filhas. E hoje, em
famílias tão pequenas, ter pessoas consagradas
seria deixar de garantir a continuidade
da família!
valorização das vocações à vida consagrada,outras famílias, não para os
Rogate:
os conselhos evangélicos de pobreza,
castidade e obediência. É um sinal de que é
possível construir um mundo diferente?
A vida consagrada secular professa
Helena:
de que Deus continua amorosamente apaixonado
pelo mundo, e chama alguns de
seus filhos e filhas para irem a todos os
lugares, em todas as profissões, em todos
os espaços sociais, para demonstrar com a
própria vida que Deus ama a humanidade,
com toda a carga de história e de vida que
traz consigo. Os conselhos evangélicos são
um chamado de Deus a poucas pessoas,
para o bem do reino. Não se justificam e
não se sustentam fora da realidade eclesial,
porque se destinam a uma obra de santificação,
que supera a realidade pessoal.
Sob este ponto de vista, só se pode vivêlos
integralmente na comunhão eclesial e
servindo-se dos recursos que a Igreja coloca
à disposição de todos para a santificação:
a vida sacramental, litúrgica, a Palavra
de Deus e os exercícios de contemplação
e cultivo da espiritualidade própria de
cada família de vida consagrada. Não existe
vida totalmente consagrada fora deste
contexto. Não se pode dizer que tem solidez
uma opção radical por Jesus Cristo em
alguém que fica sem frequentar os sacramentos
da penitência e da eucaristia, sem
contato assíduo com a Palavra de Deus e
sem participar da vida litúrgica da comunidade
onde se vive. Em Maria de Nazaré,
a mulher consagrada a Deus de forma excepcional,
as pessoas consagradas encontram
o modelo acabado de pessoa consagrada,
do seguimento de Jesus e de vivência
eclesial. Ela é nossa mestra, a primeira
discípula na escola de Jesus, que não
reservou absolutamente nada para si, mas
tudo entregou a ele. Os conselhos evangélicos
representam esperança na construção
de um mundo diferente. Mas é construção
no seio do mundo que está aí, para,
aos poucos, inserir valores e vivências que
o transformem por discretas e pequenas
ações, que animem o crescimento do mundo
que Deus deseja.
Cremos que este é um sinal
Rogate:
envolvidas no serviço de animação vocacional...
Uma mensagem para as pessoas
Helena:
sementes da lavoura de Deus! Acreditem
na essencialidade de seu trabalho e façam
esta animação sempre pedindo as luzes do
Espírito Santo, para que as pessoas que
passarem por vocês possam dizer que encontraram
uma luz que os fez divisar a vontade
de Deus a seu respeito! A Igreja precisa
dos frutos das sementes que vocês
cultivam. Que Maria cuide de todos e cada
um dos animadores vocacionais e os faça
cada dia mais vibrantes testemunhas do
amor com que o Senhor ama a cada pessoa,
especialmente os nossos jovens.
Vocês são os cultivadores das
 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

AGOSTO!! MÊS DAS VOCAÇÔES

   

LEIGO CONSAGRADO (A) E CONSAGRADO (A) SECULAR. DIFERENÇA

CONSAGRADO (A) SECULAR X LEIGO (A) CONSAGRADO (A)
      Achei por bem postar esse artigo devido a dúvida que surge diante das duas terminologias citadas acima. Esta semana mesmo uma senhora colocou algumas de nossas irmãs responsável pela oração das Vesperas na paróquia e nos denominou LEIGA CONSAGRADA  e somos CONSAGRADA SECULAR.
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     Dom Roberto Paes, Bispo Auxiliar de Niterói, e renomado canonista, se colocou à disposição para nos ajudar a esclarecer estas expressões: Consagrado (a) Secular X Leigo (a) Consagrado (a). Sintetizamos seus esclarecimentos a seguir.
     Considera que hoje é difícil diferenciar as expressões que se referem à consagração: consagração secular, consagração religiosa, vida consagrada, leigo consagrado, consagração nas comunidades novas, consagração das virgens e viúvas. O universo ficou muito diferenciado e ao mesmo tempo confuso.
     Na consagração secular há uma transformação de estado de vida, de estilo de vida. O leigo consagrado e o consagrado secular não se separam do mundo, isto é comum para os dois, mas enquanto um pertence ao estado da vida consagrada o outro não.
     Pode haver uma incompreensão no sentido de mostrar só dois tipos de cidadãos na Igreja: os ordenados, ou clérigos e os que não são. Entendendo assim poderíamos chamar genericamente de leigos a todos os que não são clérigos. Aí se poderia dizer que as irmãs, as freiras, as monjas são leigas. É um aspecto genérico que coloca assim, mas tem que se ver aquilo está no Código de Direito Canônico, o aspecto jurídico.
     O código admite três formas de vida: a dos fiéis leigos, estatuto dos consagrados e o estatuto dos clérigos. São três estatutos diferentes, e que geram estados de vida, obrigações e direitos diferentes. Quem é consagrado tem um estatuto diferenciado do leigo. Esta expressão: “leigo consagrado” ficou muito ambivalente e não diz praticamente nada.
“Eu diria o seguinte: são dois pólos dialéticos:
• Para o consagrado secular, a palavra substancial é ser consagrado.
• Para o leigo consagrado é o contrário, é o estado laical, que visa um compromisso para ser melhor leigo, mas o ser é laical.”
     O consagrado num Instituto Secular pertence à vida consagrada e é consagrado no mundo, “in saecula”. O mundo é uma missão, onde o consagrado vai viver, santificar, recapitular. Mas em primeiro lugar está o “ser consagrado”.
     O leigo consagrado, a partir do estado laical visa um compromisso para ser melhor leigo, mas o ser é laical.
     Ambos partem do mundo, não deixam o mundo, mas os Consagrados seculares primeiro se consagram para continuar uma tarefa no mundo, enquanto o leigo consagrado primeiro é leigo, quer continuar sendo leigo, e o tipo de compromisso não pode de alguma forma prejudicar sua laicidade plena.
     O consagrado secular faz uma profissão que torna diferente o seu estado de vida na igreja. Sua consagração é vivida no mundo e a partir do mundo, mas o substancial é que é um consagrado.
     Leigo consagrado, teologicamente, é o Batizado que, sem perder sua identidade e estado de ser leigo, assume alguns compromissos para melhor cumprir sua tarefa laical. O leigo não é um consagrado, assume compromissos para melhor cumprir sua identificação laical, sua profissão.
     O Instituto Secular é, em primeiro lugar, uma forma de consagração coletiva, que tem uma referência comunitária, e exige, pelo menos, vida fraterna. Há etapas definidas e pessoas responsáveis pela formação, tem direitos e contrai deveres em relação ao Instituto e à Igreja, e tem um vínculo jurídico com o Instituto, de acordo com normas definidas pela legislação canônica para os Institutos de Vida Consagrada.
                                                                               (Fonte: CNIS)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

REZEMOS O TERÇO TODOS OS DIAS

             NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ROGAI POR NóS!!!

NOVENA A N.S. DE FÀTIMA

      Oferecimento de todos os dias a N.S. de Fátima.

Meus Deus,eu creio,espero,adoro-vos e amo-vos. Peço-vos perdão pelos que não crêem, não adoram e não Vós ama..
Santíssíma Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo ,adoro-vos profundamente e vós ofereço o preciossisimo sangue ,alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo presente em todos os sacrarios da terra, em repação e ultrages e sacrilégios com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu SS Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Não postarei toda novena,mas a intenção de cada dia
1º  PENITENCIA E REPARAÇÂO-  Peçamos perdão a Deus pelos nossos pecados e façamos penitecia em repação de nossos pecados.

2º SANTIDADE DE VIDA-  Que reconheçamos nossa dignidade de filhos de Deus para em tudo vivermos o nosso batismo buscando a Santidade como deseja Maria, a mãe de Jesus.

3º AMOR A ORAÇÂO- Mesmo desanimados precisamos da oração, precisamos orar Em Fátima a Senhora aparece com o Santo Rosario e nos incentiva a reza-lo. todos os dias. Rezemos para Paz no mundo e salvação de nossa familia.

4º AMOR A IGREJA-  Que Maria infunda em nós amor e obediência a Santa igreja,rogando pelo Papa .

5º  MARIA ,SAÙDE DOS ENFERMOS-  Ao Vosso coração maternal recorremos em favor de todos aqueles que sofrem as doenças do corpo e da alma.

6º  REFUGIO DOS PECADORES-  Ó Maria,refugio dos pecadoes,salva-nos do fogo eterno ,ajuda-nos a vencer nossas más inclinações.

7ª MARIA ALIVIO DAS ALMAS DO PURGATORIO- Salvai as almas e levai-as a Luz de Deus.

8º MARIA RAINHA DO ROSÀRIO-  Rezemos todos os dias o Santo rosário, refugio seguro contra os males.Remedio seguro para a saúde do corpo e da alma. Que creiamos nas tuas promessas.

9º  Ó IMACULADO CORAÇÂO DE MARIA- Fazei ó Coração Imaculado de Maria ,que possamos compeender Vossas mensagens de amor e misericordia e que a pratiquemos sempre,refugio nosso e alegria de nossa alma.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

MAIO 2011- Papa João Paulo II

       Também dia 1 de maio será a Beatificação do PAPA JOÂO PAULO II
                   

MAIO MÊS DE MARIA

   " A CRUZ É O SUPER-AMOR. É A MEDIDA DO AMOR DE JESUS POR TI, TAMBÈM DA CRUZ NOS DEU UMA MÃE"

CELEBRAÇÔES E DIAS SANTOS  EM  MAIO.
1- Dia Mundial do Trabalho e de São José Operário
3- São Filipe e São Tiago (Apóstolos)
8- Dia das Mães
13- Dia de Nossa Senhora de Fátima (Mãe das mães)
13- Abolição da Escravatura
14- São Matias (apóstolo)
24- Nossa Senhora Auxiliadora
26- São Felipe de Neri
30- Santíssima Trindade
31- Visitação de Nossa Senhora.(Nossa Senhora Rainha)


                                  ORAÇÃO À VIRGEM DO SILENCIO
   Santa Virgem Maria, modelo das almas contemplativas, ensinai-nos a guardar nosso recolhimento no meio das agitações da vida. Preservai-nos tanto da febre do egoísmo. Que jamais o ruído das coisas que passam nos façam esquecer a silenciosa Presença dAquele que mora em nós. Que jamais a fascinação das coisas visíveis nos afaste o coração dos esplendores escondidos no mundo invisível.
     Desenvolvei em nós o gosto do silêncio e ensinai-nos, a vosso exemplo, a fazer de nossa ação uma comunhão fiel com a vontade do Pai, para o humilde serviço de Jesus nas almas.
Assim seja.
           Livro “Deus nunca Basta”
           Frei João Daniel Lovatto, OFMCap


Para Pensar:
" O mal dos homens é que guardam muita coisa: bens,sentimentos,ressentimentos.

 Dividir o que temos ajuda a dividir o que somos"

   Rezemos o terço como nos pede Nossa Senhora pela Paz,conversão dos pecadores, pelas familias,pela Igreja.  Veja o texto abaixo ;
A MENSAGEM DE FÁTIMA
Documento da Congregação para Doutrina da Fé

Na passagem do segundo para o terceiro milénio, o Papa João Paulo II decidiu tornar público o texto da terceira parte do “segredo de Fátima”.

Depois dos acontecimentos dramáticos e cruéis do século XX, um dos mais tormentosos da história do homem, com o ponto culminante no cruento atentado ao “doce Cristo na terra”, abre-se assim o véu sobre uma realidade que faz história e a interpreta na sua profundidade segundo uma dimensão espiritual, a que é refractária a mentalidade actual, frequentemente eivada de racionalismo.


A história está constelada de aparições e sinais sobrenaturais, que influenciam o desenrolar dos acontecimentos humanos e acompanham o caminho do mundo, surpreendendo crentes e descrentes. Estas manifestações, que não podem contradizer o conteúdo da fé, devem convergir para o objecto central do anúncio de Cristo: o amor do Pai que suscita nos homens a conversão e dá a graça para se abandonarem a Ele com devoção filial. Tal é a mensagem de Fátima, com o seu veemente apelo à conversão e à penitência, que leva realmente ao coração do Evangelho.

Fátima é, sem dúvida, a mais profética das aparições modernas. A primeira e a segunda parte do “segredo”, que são publicadas em seguida para ficar completa a documentação, dizem respeito antes de mais à pavorosa visão do inferno, à devoção ao Imaculado Coração de Maria, à segunda guerra mundial, e depois ao prenúncio dos danos imensos que a Rússia, com a sua defecção da fé cristã e adesão ao totalitarismo comunista, haveria de causar à humanidade.

Em 1917, ninguém poderia ter imaginado tudo isto: os três pastorinhos de Fátima vêem, ouvem, memorizam, e Lúcia, a testemunha sobrevivente, quando recebe a ordem do Bispo de Leiria e a autorização de Nossa Senhora, põe por escrito.

Para a exposição das primeiras duas partes do “segredo”, aliás já publicadas e conhecidas, foi escolhido o texto escrito pela Irmã Lúcia na terceira memória, de 31 de Agosto de 1941; na quarta memória, de 8 de Dezembro de 1941, ela acrescentará qualquer observação.

A terceira parte do “segredo” foi escrita “por ordem de Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da (...) Santíssima Mãe”, no dia 3 de Janeiro de 1944.

Existe apenas um manuscrito, que é reproduzido aqui fotostaticamente. O envelope selado foi guardado primeiramente pelo Bispo de Leiria. Para se tutelar melhor o “segredo”, no dia 4 de Abril de 1957 o envelope foi entregue ao Arquivo Secreto do Santo Ofício. Disto mesmo, foi avisada a Irmã Lúcia pelo Bispo de Leiria.

Segundo apontamentos do Arquivo, no dia 17 de Agosto de 1959 e de acordo com Sua Eminência o Cardeal Alfredo Ottaviani, o Comissário do Santo Ofício, Padre Pierre Paul Philippe OP, levou a João XXIII o envelope com a terceira parte do “segredo de Fátima”. Sua Santidade, “depois de alguma hesitação”, disse: “Aguardemos. Rezarei. Far-lhe-ei saber o que decidi”.(1)

Na realidade, a decisão do Papa João XXIII foi enviar de novo o envelope selado para o Santo Ofício e não revelar a terceira parte do “segredo”.

Paulo VI leu o conteúdo com o Substituto da Secretaria de Estado, Sua Ex.cia Rev.ma D. Ângelo Dell''Acqua, a 27 de Março de 1965, e mandou novamente o envelope para o Arquivo do Santo Ofício, com a decisão de não publicar o texto.

João Paulo II, por sua vez, pediu o envelope com a terceira parte do “segredo”, após o atentado de 13 de Maio de 1981. Sua Eminência o Cardeal Franjo Seper, Prefeito da Congregação, a 18 de Julho de 1981 entregou a Sua Ex.cia Rev.ma D. Eduardo Martínez Somalo, Substituto da Secretaria de Estado, dois envelopes: um branco, com o texto original da Irmã Lúcia em língua portuguesa; outro cor-de-laranja, com a tradução do “segredo” em língua italiana. No dia 11 de Agosto seguinte, o Senhor D. Martínez Somalo devolveu os dois envelopes ao Arquivo do Santo Ofício.(2).

Como é sabido, o Papa João Paulo II pensou imediatamente na consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria e compôs ele mesmo uma oração para o designado “Acto de Entrega”, que seria celebrado na Basílica de Santa Maria Maior a 7 de Junho de 1981, solenidade de Pentecostes, dia escolhido para comemorar os 1600 anos do primeiro Concílio Constantinopolitano e os 1550 anos do Concílio de Éfeso. O Papa, forçadamente ausente, enviou uma radiomensagem com a sua alocução. Transcrevemos a parte do texto, onde se refere exatamente o ato de entrega:

Ó Mãe dos homens e dos povos, Vós conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo, acolhei o nosso brado, dirigido no Espírito Santo directamente ao vosso Coração, e abraçai com o amor da Mãe e da Serva do Senhor aqueles que mais esperam por este abraço e, ao mesmo tempo, aqueles cuja entrega também Vós esperais de maneira particular. Tomai sob a vossa protecção materna a família humana inteira, que, com enlevo afectuoso, nós Vos confiamos, ó Mãe. Que se aproxime para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da esperança”. (3)

Mas, para responder mais plenamente aos pedidos de Nossa Senhora, o Santo Padre quis, durante o Ano Santo da Redenção, tornar mais explícito o acto de entrega de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima no dia 13 de Maio de 1982. E, no dia 25 de Março de 1984, quando se recorda o fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, na Praça de S. Pedro, em união espiritual com todos os Bispos do mundo precedentemente “convocados”, o Papa entrega ao Imaculado Coração de Maria os homens e os povos, com expressões que lembram as palavras ardorosas pronunciadas em 1981:

“E por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao vosso Coração: Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.

De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.

“À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação!”.

Depois o Papa continua com maior veemência e concretização de referências, quase comentando a Mensagem de Fátima nas suas predições infelizmente cumpridas:

“Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Eu consagro-Me por eles — foram as suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade”(Jo 17, 19).

Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação.

A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história e que, de facto, despertou nos nossos tempos.

Oh quão profundamente sentimos a necessidade de consagração pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na realidade, a obra redentora de Cristo deve ser participada pelo mundo por meio da Igreja.

Manifesta-o o presente Ano da Redenção: o Jubileu extraordinário de toda a Igreja.

Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento Divino!

Louvada sejais Vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!

Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais Vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.

Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso Coração materno.

Oh Imaculado Coração! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro!

Da fome e da guerra, livrai-nos!

Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!

Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!

Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!

De todo o género de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!

Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!

Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!

Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!

Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!

Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens! Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!

Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o “pecado do mundo”, enfim o pecado em todas as suas manifestações.

Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do Amor misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da Esperança!”.(4)

A Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este acto, solene e universal, de consagração correspondia àquilo que Nossa Senhora queria: “Sim, está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984” (carta de 8 de Novembro de 1989). Por isso, qualquer discussão e ulterior petição não tem fundamento.

Na documentação apresentada, para além das páginas manuscritas da Irmã Lúcia inserem-se mais quatro textos: 1) A carta do Santo Padre à Irmã Lúcia, datada de 19 de Abril de 2000; 2) Uma descrição do colóquio que houve com a Irmã Lúcia no dia 27 de Abril de 2000; 3) A comunicação lida, por encargo do Santo Padre, por Sua Eminência o Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, em Fátima no dia 13 de Maio deste ano; 4) O comentário teológico de Sua Eminência o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Uma orientação para a interpretação da terceira parte do “segredo” tinha sido já oferecida pela Irmã Lúcia, numa carta dirigida ao Santo Padre a 12 de Maio de 1982, onde dizia:

A terceira parte do segredo refere-se às palavras de Nossa Senhora: “Se não, [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas”(13-VII-1917).

A terceira parte do segredo é uma revelação simbólica, que se refere a este trecho da Mensagem, condicionada ao facto de aceitarmos ou não o que a Mensagem nos pede: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, etc”.

Porque não temos atendido a este apelo da Mensagem, verificamos que ela se tem cumprido, a Rússia foi invadindo o mundo com os seus erros. E se não vemos ainda, como facto consumado, o final desta profecia, vemos que para aí caminhamos a passos largos. Se não recuarmos no caminho do pecado, do ódio, da vingança, da injustiça atropelando os direitos da pessoa humana, da imoralidade e da violência, etc.

E não digamos que é Deus que assim nos castiga; mas, sim, que são os homens que para si mesmos se preparam o castigo. Deus apenas nos adverte e chama ao bom caminho, respeitando a liberdade que nos deu; por isso os homens são responsáveis”.(5)

A decisão tomada pelo Santo Padre João Paulo II de tornar pública a terceira parte do “segredo” de Fátima encerra um pedaço de história, marcado por trágicas veleidades humanas de poder e de iniquidade, mas permeada pelo amor misericordioso de Deus e pela vigilância cuidadosa da Mãe de Jesus e da Igreja.

Acção de Deus, Senhor da história, e corresponsabilidade do homem, no exercício dramático e fecundo da sua liberdade, são os dois alicerces sobre os quais se constrói a história da humanidade.

Ao aparecer em Fátima, Nossa Senhora faz-nos apelo a estes valores esquecidos, a este futuro do homem em Deus, do qual somos parte activa e responsável.

Tarcisio Bertone, SDB

Arcebispo emérito de Vercelli

Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé

O “SEGREDO” DE FÁTIMA

PRIMEIRA E SEGUNDA PARTE DO “SEGREDO” SEGUNDO A REDACÇÃO FEITA PELA IRMÃ LÚCIA NA “TERCEIRA MEMÓRIA”, DE 31 DE AGOSTO DE 1941, DESTINADA AO BISPO DE LEIRIA-FÁTIMA

(texto original)

Oitava da Páscoa!

Você sabia ?
 
O tempo pascal, que se estende por 7 semanas até a Festa de Pentecostes, é marcado, não apenas nos domingos mas também durante os outros dias da semana, pelos textos de Atos dos Apóstolos e do Evangelho de João. Nesta semana, em particular, após a Ressureição de Jesus estamos celebrando a oitava da Páscoa: durante 8 dias celebraremos esse grande mistério como se fosse um único dia com o objetivo de viver melhor o ponto central de nossa fé: A RESSURREIÇÃO DE JESUS. A cor litúrgica é branca, símbolo da pureza e da alegria (afinal, estamos limpos do pecado) e a presença do Círio Pascal é marcante como símbolo do Cristo Ressuscitado, coluna de LUZ que vai à frente do seu povo.

Que a luz do Cristo Ressuscitado nos ilumine para que possamos ser LUZ para o mundo!
Fonte: Portal Católico

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Triduo Pascal

  Faremos um pequeno resumo sobre o sentido do Triduo Pascal

No final do século IV, encontramos já organizado o Triduo Pascal.Santo Agostinho recomendava vivamente aos seus fieis.É a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa como sabemos é o centro do ano liturgico,fonte que alimenta nossa vida de fè. No principio o Triduo era :sexta-feira,sábado e domingo.Somente no Século VII que o Triduo se inicia com a "Ceia do Senhor" na tarde de quinta-feira,o que fica constituido da quinta-feira,sexta-feira e sábado santo,incluindob a vigilia pascal, formando assim as três datas uma unidade : A celebração do mistério pascal.
QUINTA-FEIRA- O Senhor celebra com os seus discipulos a última ceia no contexto judaico: a comemoração da passagem de Israel pelo Mar Vermelho.Cristo inaugura a nova Páscoa,a nova aliança e eterna,a de seu pão compartilhado co mseu sangue derramado pela remissão de nossos pecados.Eucaristia,Sacerdocio,mandato de amor e nova ´Páscoa do Senhor, coneúdos da missa da Ceia do Senhor.O transporte das Hóstias consagradas à uma urna para comunhão da sexta-feira Santa inicia-se no século XII.

SEXTA-FEIRA SANTA- Dia de Celebração da morte do Senhor, da Via sacra ,Não há missa neste dia.A celebração incorpora-nos a redenção de Cristo e a seu mistério de salvação universal:pela morte e pela vida.
Dia de completo jejum e silêncio

´SÁBADO SANTO- Ouvimos com alegria após a doce espera em oração na vigilia pascal o grito de vitória, a Vida venceu a morte . CRISTO RESSUSCITOU!! Terminou o combate da luz com as trevas ,onde CRISTO é A LUZ DO MUNDO.  DEMOS GRAÇAS A DEUS!!
                                                                                    (Pesquisa feita na revista CN /abril de 2009)

                                                                  Vamos viver intensamente esse dias de Vitória!!
                                                                             Abraços a todos e BOA PÁSCOA!!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

QUARESMA ,PERIODO DE CURA E LIBERTAÇÂO

   Temos diante de nós um mundo que "Não sabe o que faz". Qual é a nossa atitude de cristãos diante dessa realidade? Deus conhecedor de nossas fraquezas vem em nosso auxilio,O senhor nos dá a Quaresma.
    Tempo de CONVERSÂO E PENITENCIA ,não só por mim ,pelos meus, por minha casa,MAS, principalmente  para que  vivamos esse tempo rico e cheio de misericordia pelo mundo inteiro. O jejum , a esmola,a mortificação ,a confissão ,a revisão de vida ,confissão e DESEJO SINCERO DE SER MELHOR . Mesmo que caiamos a cada passo,  levantemos,  sempre mais decididos a acertar com a graça de Deus.
Nossa Senhora em Medjugorge nos pede jejum todas as quartas e sextas . A santa Igreja recomenda o jejum as sextas-feiras. E você como está vivendo esse rico periodo de graça? Não o desperdice.
 MARANATÁ , VEM SENHOR JESUS

     “Quanto maiores o carinho, o amor e a gratidão profunda que
demonstrarmos ao receber o Pão da Vida, maior será nossa glória no
céu...”

CURA E LIBERTAÇÃO PELO JEJUM II

“Queridos filhos! Hoje eu os chamo pra renovar a oração e o jejum com
mais entusiasmo, até que a oração se torne alegria para vocês.
Filhinhos, aquele que ora não teme o futuro e quem jejua não teme o
mal. Repito: apenas através da oração e do jejum é possível
interromper as guerras – as guerras de sua descrença e de seu medo do
futuro. Estou com vocês e ensino-lhes, filhinhos: sua paz e sua
esperança estão em Deus. Por isso, aproximem-se de Deus e coloquem-no
como prioridade em suas vidas. Agradeço por terem respondido ao meu
 chamado"                          ( Nossa Senhora de Medjugorge em 25/01/2001)

                             VEM SENHOR JESUS!!!
                   
                   


               Uma boa e frutuosa Quaresma .
                                                                      Beatriz.

terça-feira, 8 de março de 2011

8 DE MARÇO- DIA INTERNACIONAL DA MULHER !

Mulheres santas são personificação do ideal feminino, diz JPII

Gracielle Reis
Da Redação



Arquivo
João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá, uma das mulheres mais expressivas do século XX
“A mulher é forte pela consciência [da sua] missão, forte pelo fato de que Deus 'lhe confia o homem', sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que ela se possa encontrar. Esta consciência e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus mesmo, e isto a torna 'forte' e consolida a sua vocação”.

Estas são algumas das palavras do Papa Papa João Paulo II, em sua Carta Apostólica Mulieris Dignitatem sobre a dignidade e a vocação da mulher. No documento, o Papa define o papel delas na sociedade e na Igreja. Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o escrito do antecessor de Bento XVI é recordado por toda a Igreja a fim de se perceber a importância feminina no mundo de hoje.
O documento destaca que Deus confia à mulher, de maneira especial, “o homem, o ser humano” e a sua atuação nas realidades sociais e familiares é o cumprimento de sua vocação à santidade. Ao falar sobre a necessidade de um testemunho autêntico, o texto enfatiza a santidade que as mulheres são chamadas a viver e que deve representar a “personificação do ideal feminino” e, assim, ser “um modelo para todos os cristãos”.
A teóloga Tarciana Barreto comenta, a partir das palavras de João Paulo II, a força e a sensibilidade femininas como fontes de mudanças das realidade sociais: “A mulher tem essa característica de firmeza, de fidelidade, até por causa da sua sensibilidade, do seu lado afetivo e intuitivo, e pode dar uma resposta ao mundo contemporâneo”.
Tarciana cita ainda um texto do pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa, O.F.M. Cap., em que diz que o mundo entra hoje na “era das mulheres”, na qual a intuitividade, a ternura e a abertura a Deus da mulher podem contribuir de forma vasta na sociedade. “Toda técnica, toda instrumentalidade só geraram guerras, consumismo, o olhar sobre o ser humano como objeto. [Com isso], essa característica da mulher, remida por Deus e iluminada pelo Espírito, seria capaz de dar uma resposta diferente”, explica.

Acesse
.: Íntegra da entrevista com a teóloga Tarciana Barreto
Vocação à virgindade e maternidade
A Carta Apostólica Mulieris Dignitatem trata também do dom de mulher em gerar uma vida nova. Segundo João Paulo II, a maternidade faz parte da essência feminina e ela desenvolve na mulher uma disposição muito mais concreta de servir ao outro. “A maternidade está ligada com a estrutura pessoal do ser mulher e com a dimensão pessoal do dom. (…) Considera-se comumente que a mulher, mais do que o homem, seja capaz de atenção à pessoa concreta, e que a maternidade desenvolva ainda mais esta disposição”, destaca.
O futuro beato também é claro ao afirmar que a mulher é participante na geração de um novo ser e que o dom de ser mãe se integra em toda criação divina:
“O ser genitores — ainda que seja comum ao [homem também] — realiza-se muito mais na mulher, especialmente no período pré-natal. É sobre a mulher que recai diretamente o 'peso' deste comum gerar, que absorve literalmente as energias do seu corpo e da sua alma. (…) A maternidade comporta uma comunhão especial com o mistério da vida, que amadurece no seio da mulher: a mãe admira este mistério, com intuição singular 'compreende' o que se vai formando dentro de si”.
Arquivo pessoal
 
A teóloga Tarciana Barreto afirma a importãncia da Carta Apostólica, num mundo em que há fortes tendências feministas e que deturpam o papel da mulher na sociedade
A teóloga elucida também que, neste momento do texto, o Papa fala sobre uma “maternidade universal”, pois, mesmo que a mulher não tenha filhos ou não os possa ter, ela comporta esta dimensão por vocação e possui uma fecundidade biológica, moral - por ter o dom de educar os filhos - ou espiritual, como no caso daquelas que optam pelo celibato.
 
No tocante à esta virgindade espiritual, o Pontífice frisa que a maternidade está ligada à virgindade, mas também se distingue uma da outra, quando se faz a opção pelo celibato livre, respondendo a um chamado de Deus:
“Apoiado no Evangelho desenvolveu-se e aprofundou-se o sentido da virgindade como vocação também para a mulher, vocação em que se confirma a sua dignidade à semelhança da Virgem de Nazaré. O Evangelho propõe o ideal da consagração da pessoa, que significa a sua dedicação exclusiva a Deus em virtude dos conselhos evangélicos, em particular os da castidade, pobreza e obediência”.

Tarciana Barreto afirma ainda que, quando a mulher se distancia do dom da maternidade, em seu sentido universal, e se deixa levar por um desejo desenfreado de liberdade, ela acaba se “masculinizando”. “Nós vemos estas tendências feministas, até extremistas, que acabam prejudicando a visão da mulher sobre o seu papel na sociedade, na Igreja e no mundo”, esclarece.

Reciprocidade entre homem e mulher
“A consciência de que no matrimônio existe a recíproca 'submissão dos cônjuges no temor de Cristo', e não só a da mulher ao marido, deve abrir caminho nos corações e nas consciências, no comportamento e nos costumes”. Neste trecho da Carta Apostólica, o Santo Padre reforça a comunhão que deve existir entre homens e mulheres, nos diversos níveis de relacionamento. Além disso, ele afirma que a “submissão”, conforme mencionada por São Paulo na Carta aos Coríntios (cf. Ef 5,21-25), não é unilateral, mas mútua.
Já no relacionamento conjugal, o texto fala que os maridos devem assumir o “estilo de Cristo” no trato da mulher: “O marido deveria fazer seus os elementos deste estilo em relação à sua esposa; e, analogamente, deveria fazer o homem a respeito da mulher, em todas as situações. Assim, os dois, homem e mulher, atuam o 'dom sincero de si mesmos'!”.
Ao analisar a importância deste documento, a teóloga afirma que o mesmo é um alerta para que o homem conheça mais a feminilidade e vice-versa. “Deus os fez homem e mulher, naturalmente homem, naturalmente mulher, e chamados a essa complementaridade, em que não há desvios, nem preconceitos”, conclui

                                                                       (Texto extraido do site Canção Nova notícias)

Castidade.

Aumenta número de jovens americanos que optam pela virgindade
Uma pesquisa oficial do governo dos Estados Unidos revelou que é cada vez maior o número de jovens que optam por adiar o início das relações sexuais e se declaram virgens.

Segundo o estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades, 27% dos homens e 29% das mulheres entre 15 e 24 anos de idade jamais mantiveram contato sexual com outra pessoa. O estudo realizou entrevistas a 5.082 pessoas desta faixa etária.

As cifras representam um significativo aumento em relação à última pesquisa do ano 2002, quando apenas 22% dos jovens dessa faixa de idade se declararam virgens.

Os adolescentes entre os 15 e 17 anos de idade são os que mais vivem a abstinência sexual; 58% das mulheres e 53% dos homens deste grupo de idade disseram que jamais tiveram um encontro sexual.

Já 12% das mulheres e 13% dos homens entre 20 e 24 anos de idade se declararam virgens, uma cifra muito maior à de 8% registrada no ano 2002, neste mesmo grupo de idade.


Castidade antes do casamento traz mais estabilidade e satisfação
Satisfação foi 20% maior entre casais que viveram abstinência sexual antes do casamento
Um estudo realizado pela Universidade americana Brigham Young demonstrou que a abstinência sexual antes do casamento está associada com melhores resultados no relacionamento conjugal. A satisfação com o casamento foi 20% maior entre os casais que esperaram, bem como a qualidade na vida sexual foi 15% maior.

Nessa pesquisa, onde 2.035 indivíduos casados foram entrevistados, foi observado que o tempo para o ínico da atividade sexual na vida do casal está relacionado com a sua qualidade sexual atual, comunicação, a satisfação com o relacionamento e a estabilidade.

De acordo com o estudo “
Compatibility or Restraint?: The Effects of Sexual Timing on Marriage Relationships" ("Compatibilidade ou abstinênciao?: Os efeitos da Espera Sexual nos Relacionamentos Matrimoniais [em livre tradução]), a educação, o número de parceiros sexuais, a religiosidade e duração do relacionamento são outros aspectos também importantes para bons resultados na vida conjugal, mas a abstinência mantém um papel de destaque.

O administrador de empresa e professor Joelson Nascimento, 36 anos, afirma que a vivência da castidade antes do casamento não foi uma coisa fácil, mas foi um dos aspectos essencias para a construção do relacionamento que reflete hoje em seu matrimônio com a médica Ethel Nascimento, 40 anos. “Durante o namoro priorizamos o diálogo sobre aquilo que julgávamos importante para um casamento: nossa fé, nossos anseios, a construção da família, a afetividade e também a sexualidade”, conta.

Diálogo no relacionamento

Os resultados da pesquisa mostram ainda que o tempo de espera sexual está associado a um aumento na qualidade da comunicação e nas áreas do relacionamento sexual, bem como a estabilidade das relações percebidas são consistentes com essa teoria. A qualidade da comunicação é 12% melhor entre os casais que viveram a castidade antes do matrimônio.

“A comunicação é um elemento essencial na vida do casal na expressão dos seus desejos e sentimentos em relação ao outro e àquilo que estão vivendo. O melhor relacionamento se faz baseado na comunicação e na verdade. Quando isso acontece, o relacionamento se torna mais aberto e transparente, e consequentemente mais maduro para suportar os momentos de dificuldade e manter vivo o amor”, explica a psicóloga especialista em família, Elaine Ribeiro.
Em um casamento de mais de sete anos, Joelson e Elthel transformaram a paixão em amor, e a confiança crescente, o respeito e a unidade construída foram suportes para viver os momentos de dificuldade. 
O equilíbrio entre confiança, afetividade, sexualidade e a realização individual, para Joelson, é a chave da felicidade do casal. “Se ambos se sentem realizados também pessoalmente e profissionalmente, um não se sente peso para o outro”, ressalta.
Estabilidade conjugal 

Os relacionamentos que se baseiam mais em recompensas e prazeres sexuais precoces acabam resultando em relações mais frágeis a longo prazo, destaca a pesquisa publicada na revista científica Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.
O estudo também mostra que a ambiguidade da iniciação sexual precoce pode comprometer a capacidade de alguns casais para desenvolver uma compreensão clara e comum sobre a natureza das suas relações. “Notamos que a priorização do aspecto sexual desfavorece o conhecimento profunto do outro”, conta a psicóloga.
Em contraste, a sexualidade baseada no comprometimento é mais suscetível a criar uma sensação de segurança e sinceridade entre os parceiros dentro de suas redes sociais, trazendo também a ideia da exclusividade e planejamento futuro.
“Formamos, dessa maneira, uma aliança duradoura e que dá estabilidade e não monotonia à relação. Isso não quer dizer que não possamos sentir desejo por outra pessoa, mas existe de ambas as partes o firme propósito de não ceder às paixões ou sentimentalismos que porventura aconteçam no casamento”, conta Joelson.
Joelson e Ethel acreditam que a boa experiência de namoro reflete na vida conjugal deles, em especial, na abertura ao diálogo e na confiança do amor recíproco. “A fidelidade e o respeito que vivemos durante o namoro também se reflete em nossa vida hoje”, completam.
                                                            Fonte : SITE DA CANÇÂO NOVA